maio 29, 2011

Dicas de poupança

Muitos e-mails nós têm chegado perguntado: " Meninas em tempo de crise como conseguem poupar na roupa?"... Ora muito simples.

1- Cada uma vai a uma loja com a maior mala que tenha, vazia, e volta com a dita mala cheia e sem gastar um tostão. Não é bem roubar... Só que somos muito tímidas e as pessoas que estão na caixa para pagar têm um ar intimidatório.

2- Usamos roupa uma da outra sempre achando que a outra não sabe que foi roubada...

3- Cana e anzol! Oui! Com o nosso melhor anzol lançamos o fio ao estendal dos vizinhos e quando vemos que a roupa mordeu o anzol, pumba, puxamos o fio e já ganhamos roupa que não tínhamos.

Para já esperamos ter ajudado novas dicas surgirão por aqui.

maio 23, 2011

O bom mentiroso



O bom mentiroso é aquele que consegue ser adorado por uns e odiado por outros, e quer uns quer outros não sabem ao certo nem porque o amam nem outros porque o odeiam. Não há motivos ou argumentos, há uma teia que nos envolve e muitas vezes nos leva adorá-lo sem questões ou pré-requisitos.

Apenas acontece.

O bom mentiroso é o que nos dá vontade de conhecer, agredir e na verdade é sempre alguém que sem sabermos protegemos... porque detestamos mentiras... ou será que detestamos descobri-las?

O bom mentiroso é puta: podemos abominar a sua existência, mas a nossa era mais pobre sem ele.

maio 16, 2011

O impacto do caju no destino


“Há um reboliço estridente que ninguém entende e que apenas um sente. Há um reboliço insuportável que dá sentido ao que fui e torna falso o que sou. Há um pleno de miséria neste reboliço de movimento perpétuo, da minha miséria. Há uma fome compulsiva de insatisfação na busca de um propósito que a minha excessiva lucidez confirma não existir mas com a qual a minha intuição teima atormentar-me com uma suspeita latejante.
Há uma raiva latente que habitando algures na minha mente surge por vontade própria violando o espaço que é meu por direito. Sem rodeios ou pudores usa-me como torre para espreitar o mundo, sorve nas frustrações o pulsar que lhe dá forma e desaparece num arrepio.
Houve um tempo em que...”
, Hilidio fez uma pausa e parou o olhar no horizonte.

Perdoem-me, não vos apresentei o Hilidio. De seu nome Hilidio José é um abutre normal. Optou por se manter solteiro pois nenhuma abutre fêmea merecia que ele lhe oferecesse carcaças para o repasto. Passa os dias num ramo seco a contar pedras de areia do deserto buscando inspiração para o “Diário das almas”, que escrevia quando decidiu mirar o horizonte.

Ao fundo vislumbra um ponto em movimento, e pensa de si mesmo para ele próprio: “Hum... Hilidio José, estarás tu a observar a passada do desespero?”. Meteu asas ao caminho e foi verificar o que se passava. Era Onofre Jacinto. Jovem de ideias pouco certeiras havia naquele mesmo dia decidido pôr termo àquilo que apelidava de vida. Hilidio quis saber mais...

Hilidio – Olá! Então queres ser cremado ou enterrado?
Onofre – Tu estás a falar comigo?
Hilidio – Importaste de responder ao que te perguntei?
Onofre – Enterrado. Sempre que entrelaçava os dedos a mamã exclamava “Ai meu rico menino que vai dar um morto tão lindo!”.
Hilidio – Preparaste a argumentação que para validar o teu acto?
Onofre – Como assim?
Hilidio – Ora jovem, tens de possuir um bom fundamento para seres aceite aqui! Pensas que é só cortar o pulso e voltas ao útero da humanidade?
Onofrepensativo – Eu fiz isto porque... Queria comer cajus com sal e só havia cajus com picante. E eu não posso comer picante derivado das minhas hemorroidas!
Hilidio – Olha pequeno, prepara-te para comer picante porque vais ganhar um bilhete de volta para casa... e um atestado de estupidez autografado pelo santo que esteja hoje de serviço.
Onofre – Nunca pensaste em suicidar-te?
Hilidio – Boa pergunta. Sim, já. Aliás sou um depressivo crónico e tenho a tese do meu suicídio já bem fundamentada, mas sabes, eu depois ia para o Paraíso e aqui que ninguém nos ouve: Deus não aguentaria a concorrência.

Chagados à porta do Juízo Individual, Hilidio desceu do ombro esquerdo de Onofre e desejou-lhe um bom regresso a casa deixando encontro marcado para dali a 68 anos às 19horas e 23 minutos.

Hilidio regressou ao seu ramo seco, sabia que aquela tampa Divina iria custar a Onofre mas afinal quem nunca levou um tampa na vida? Aquela até devia ser considerada uma honra. Sem demoras o intrigante abutre retoma a sua escrita: “Houve um tempo em que o banal me acalmava, hoje vejo que encerrado no nascimento, habita um significado mais profundo que a mera passagem de anfíbio uterino a terrestre socialmente moldado. Há nessa evolução de segundos, o tempo de uma hora aquando do qual, o ingénuo e o Divino selam um acordo. O livre arbítrio, encontra-se estrategicamente presente neste instante, mimetizando a concepção da praga. E o que é o livre arbítrio senão uma liberdade ilusória?”

Nerds e mamas

Há alguma coisa mais chatinha que o clube do livro?
Se nas reuniões do tupperware se substituíram os ditos por dildos, o clube do livro também substituiu as saias pelo joelho e gravatas por mamas.




































Há tantas pessoas que eu adorava ver a lamber a folha número 3 e a sussurrar-me a número 4.

maio 10, 2011

Animais de estimação

Algumas pessoas não gostam de animais de estimação pois uma concorrência feroz a elas próprias, mas para os que gostam dos bichos quem nunca sonhou ter um burro em casa? Ok, um de quatro patas... O problema nem sempre reside na acomodação do bicho mas sim no meio do transportar até nossa casa! É um animal grande, o transporte é caro e estamos em crise caraças!

Portugal sempre a inovar tem a primeira empresa lowcost no transporte de quadrúpedes, ora espreitem...

maio 09, 2011

Galamão


Algo inovador nos dias de hoje, mas não surpreendente pois a cada dia que passa surgem sempre coisas novas, entre elas o galamão…Novidades, no mundo do desporto, é coisa que não falta. Vá tudo em coro… um… dois… três… “O que é o galamão?”É a nova sensação do mundo dos desportos semi-aquáticos! Algo inovador e por poucos experimentado, sim coragem não é ponto virtuoso da humanidade… Galamão resulta de galocha + salmão.

Como pode alguém tornar-se campeão neste desporto?

Vou-vos relatar um exemplo…

Dados do participante:
Nome: Etelvino Arménio da Borrachinha Mole
Idade: 22
Sexo: Masculino (pelos menos até à data)

Dados Estatísticos Relevantes:
- Luxuosa placa bacteriana , Casta de 1986
- Tendências Sadomasoquistas com desaguamento em ninfomania
- Unhas alicerçadas numa bonita e estética camada de sujidade de elevada resistência
- Uma amígdala;
- Sem próstata;
- Tem muita arrumação…

Dia Internacional do Animal… Feriado… Folga…. Desporto… Galamão!

Arménio da Borrachinha Mole, dispondo de um dia extra de descanso, sem saber o que fazer da vida, fumando sua explosiva mistura seca, inadvertidamente olha para o calendário e surge na sua mente a seguinte ideia – “Época + procriação + salmão!”.A Natureza dita os instintos e Etelvino Arménio da Borrachinha Mole apenas os segue, nada mais pode fazer. Correndo desenfreadamente em direcção à marquise agarra no seu material desportivo e montou-se na famel zundap até esse mesmo rio que estão agora a pensar.
Cinco horas depois Etelvino Arménio da Borrachinha Mole consegue alcançar o almejado destino.Seus olhos brilhavam de alegria… um sorriso rasgado, e os seus adversários três ursos pardos anões com 3m de envergadura cada.
Sem mais esperas e atrasos, e rápido como o vento no Alentejo em Agosto, equipa-se: um par de galochas plainadas, um chapéu impermeável. Os ursos já haviam convocado o comité de júris para observarem a prova e atribuírem as pontuações.

Regras da competição:

- O participantes têm atrás deles uma fina rede de ténis com 5 metros de altura, para trás da qual têm de lançar os salmões que apanhem;
- É permitido o uso de armas contra outros participantes;
- É estritamente proibido pisar o pé/pata de outro participante;
- Não é permitido o uso de saltos altos;
- A competição tem a duração de 40 minutos;
- Quem apanhar mais salmões ganha.

14 Horas… todos a postos… o juízes olhavam para o relógio… faltavam 12,5 segundos para a prova ser iniciada… os participantes alinhados, uma alga marcava a linha e ninguém a podia pisar. Um dos juízes prepara-se para dar a partida com um belo tiro, um leve rangido é ouvido pelo terceiro urso que agarra um salmão… Falsa partida do dito e consequentemente desclassificado, ali não há segunda hipótese, disciplina é o valor supremo deste desporto.

Só três participantes, um objectivo, e ouve-se o sinal da partida.

Era tanto salmão que Etelvino Arménio da Borrachinha Mole ficou momentaneamente boquiaberto, em transe, quase no nirvana um salmão solta uma escama que lhe entra para o olho e o faz acordar para a vida. Estava entre dois ursos e as suas motivações para aquele desporto eram do mais profundo e filosófico que podia existir.

Sem demoras, começa a entrar a sério na competição

Atira-se a tudo o que é salmão como se visse comida há quinze dias, ele apanhava-os com a direita, a esquerda e a boca. Um dos ursos notando a sua estratégia começa a colocar-se à frente de Etelvino Arménio da Borrachinha Mole, este não vai de modas e usa o seu lança dardos tranquilizantes que possuía na haste direita, daquela coisa que se apoia no nariz e as orelhas respondendo pelo nome de óculos.

Mais um participante eliminado. Feroz a competição entre os dois últimos resistentes e vendo que estavam empatados, Etelvino Arménio da Borrachinha Mole tira da sua virilha esquerda uma bonita colmeia de abelhas e lança para a margem do rio sem pensar duas vezes o urso que já se sentia acanhado com a presença de Etelvino Arménio da Borrachinha Mole para a margem sendo por consequência desclassificado.

Por motivos quase óbvios Etelvino Arménio da Borrachinha Mole sagrou-se campeão.Com a sua famel zundap a abarrotar de salmão e dirigindo-se para os salmões de respiração agonizante com uma malévola gargalhada, disse: “Pensavem vossas excelências que íeis subir o rio pra cima, com o intuito objectivo de se multiplicarem como JC disse? Na… Nem eu me multiplico quanto mais voceses… não há pra mim não há pra mais ninguém! Brincamos não?”.
Conclusões, os frustrados são:
- Perigosos…
- São os chamados “empata procriação”…
- São frios…
- Não olham a meios para atingirem os seus fins…
- Em suma a sua maldade não tem fronteiras.

E assim se constrói um campeão nesta nova modalidade!